sábado, 26 de novembro de 2011

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: O QUE FAZER?

           Estamos no dia 26 de novembro e já contabilizamos 19 casos de Violência Doméstica, nesse mês de novembro, na cidade de Laranjal do Jari. Isso representa, em média, pelo menos uma mulher agredida a cada dois dias, por seu companheiro. No mês de outubro (mais incidente), houve 30 casos de agressão à esposa ou companheira, sem contarmos a “cifra negra” (aqueles casos não denunciados à polícia).
           No cômputo geral são 159 casos registrados no ano de 2011, ou seja, cerca de 14 casos por mês. As razões são diversas, como a tentativa de manter relações sexuais contra a vontade, o não atendimento imediato na chegada e a demonstração de força (por mera estupidez).
           Em muitos casos a vítima, além de sofrer agressões, é mantida presa por muitas horas, no interior da casa, para não denunciar o fato; quase sempre precisando de cuidados médicos, em razão das agressões.
           Há casos em que os crimes praticados contra a mulher, não deixam marcas físicas tipificadas como graves ou gravíssimos à luz da legislação, entretanto, convém destacar que psicologicamente, isso pode levar até mesmo a um estresse pós-traumático; visto que a relação, em número muito expressivo de casos, é considerada tão mais importante, que uma separação conjugal é vista como um prejuízo irreparável à mulher, por ser interiorana, com filhos pequenos, sem trabalho, ou com renda muito baixa, ou ainda, por questões de violência simbólica (acreditando que ele mude ou que o fato é natural).
           Contrariamente a esse pensamento, nós acreditamos que penas mais severas associadas a campanhas educativas, mesmo com o prejuízo exemplar de alguns casos, será, na contabilização geral, mais benéfico, no sentido de minimizar esse crime. Acreditamos que a presença constante do Estado, como é o caso dos policiais que estarão ocupando os bairros das Malvinas, Centro e Santarém, trarão para baixo esses números, não pela força, mas pela educação e pela certeza da punição aos infratores.
           Em suma, a solução dos problemas está no envolvimento da comunidade com os órgãos de segurança, e, essa relação de confiança só poderá existir, a partir da presença constante da força pública, diuturnamente, nas áreas policiadas.
            Por fim, Laranjal do Jari, terá a oportunidade de ser o modelo de policiamento para todo o Estado do Amapá, basta somente que todos estejam de mãos dadas contra os comportamentos sociais desviantes, não sendo tolerantes com crime de nenhuma espécie.

Ten Cel Ludfrankson – Comandante do 11º Batalhão PMAP.

Um comentário:

  1. É um excelente trabalho da Policia Militar no Município de Laranjal do Jari. Cadete Martins

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