terça-feira, 1 de novembro de 2011

VIOLÊNCIA, POLÍCIA E COMUNIDADE

           Nas cidades do Vale do Jari, observamos que a violência doméstica é um problema social que está presente dentro de um percentual alarmante de residências. O caso é tão grave que, acredito eu, que se manifesta em todos os bairros; eu me arriscaria a dizer que há inclusive um componente histórico, oriundo ainda, da formação da “Vila do Beiradão do Jari”, retransmitido entre os envolvidos pelo processo da violência simbólica (aquela que a própria vítima considera normal e a perpetua a seus descendentes).
           Isso não deveria acontecer nos dias atuais, levando-se em consideração os avanços obtidos pelas mulheres; pois o lar é constitucionalmente um lugar de formação da ética e da moral dos sujeitos ali inseridos, sejam eles pais, filhos ou demais habitantes.
           Porém, ainda vemos, aqui no Vale do Jari, muitas ações delinquentes, externadas pelo autoritarismo dos “Varões”, cujos atos são perpetuados, numa escala hierárquica, a toda prole através do convívio cotidiano das pessoas.
           Além disso, a violência facilmente percebida nas ruas das cidades, os roubos, os contrabandos, e até os crimes de colarinho branco, tão difíceis de comprovar, têm levado muita gente a um grande descrédito quanto a uma sociedade justa e igualitária, capaz de promover o desenvolvimento social isonômico a todos; o que contribui sobremaneira para torna-los violentos, em consequência desses modelos sociais.
           Como Pedagogo, acredito na educação e, vejo que nas escolas, as relações do dia a dia precisam traduzir respeito mútuo, através de atitudes fomentadoras de paz, amizade, harmonia e, especialmente a troca continuada de informações entre os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem, visando atingir, concomitante aos objetivos propostos no projeto político pedagógico da instituição, a conscientização holística daquele desenvolvedor do conhecimento, seja ele homem ou mulher.
           Em suma, estou plenamente convencido de que obtendo meios, sejam eles palestras visitas, reuniões de bairros ou qualquer outro meio que promova a participação popular, quebrará de vez a forma de enfrentamento à violência.
           Aí nós só precisamos de meios logísticos, quais sejam: Viaturas, armamento e gente bem formada e disposta a trabalhar pela paz social, para que, junto aos demais órgãos da segurança pública, nós possamos respeitar a todos, igualmente.

           Tenente-Coronel Ludfrankson – Analista Criminal

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